Páginas da Resistência pela Arte (I)
Muitos anos antes da Revolução dos Cravos começaram a circular canções cuja função era dar voz à resistência popular de alguns homens e mulheres à ditadura do Estado Novo, protestando contra inúmeras situações de injustiça que se viviam em Portugal.
Após a Revolução de 25 de abril de 1974, estas canções passaram a denominar-se como canções de intervenção.
A sua origem, em solo português, remonta ao início da década de 60, e ao longo de toda a década foi colhendo influências musicais, temáticas e estilos de outros países, como os Estados Unidos da América, com o country e o folk, a França, com a balada e da América Latina, em especial do Brasil, com o estilo da Bossanova e do Folk-Rock.
Ao longo das próximas semanas, vamos discorrer sobre estas manifestações artísticas, divulgando músicas e poemas, utilizados para dar corpo a esta voz de inquietude e de vontade de mudança.
Eram canções que circulavam em meios restritos – urbanos, universitários – mas, que a pouco e pouco, foram tecendo uma malha de resistência cada vez mais poderosa e com relações entre vários continentes.
Entre os músicos destacam-se os nomes de José Afonso (Zeca), José Mário Branco, Adriano Correia de Oliveira, Fausto, Sérgio Godinho, Luís Cília, entre outros.
Entre os escritores destacam-se os poemas de Camões, Manuel Alegre, Ary dos Santos, Sophia ou Jorge de Sena, o dramaturgo Luís de Sttau Monteiro, os romancistas Fernando Namora, Cardoso Pires, ou Luiz Pacheco.
Num clima de generosidade, estes homens da Arte, em uníssono, clamavam por mais Liberdade e mais Justiça em Portugal!
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